Não vale a pena resistir ao trocadilho. Foi um sonho, um sonho poético e perfeito. Refiro-me à apresentação de Sonho de uma noite de verão, a que fui assistir ontem, dia 16 de novembro, no Theatro São Pedro.
Nem mesmo se trata de perfeição. É mais que isso. É transcendência poética. A música de Britten, finíssima de invenção, delicada, um tecido aéreo que cria atmosfera de ilusão e maravilhamento. Para isso, a Orquestra do Theatro São Pedro e a regência de Cláudio Cruz obtiveram o melhor resultado. A música brotava como que natural e espontânea, sem esforço, na dosagem certa. O coro era harmonioso, justo e suave. E os intérpretes!